quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Manhã de nevoeiro


                                                                                
 
Baía de Cascais
 
"Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como afinal as paisagens são."
 
Bernardo Soares, Livro do Desassossego
citado em Lisboa em Pessoa, Guia turístico e literário da Capital Portuguesa
de João Correia Filho,
Editora Livros D'Hoje
 

27 comentários:

  1. Na verdade tudo se move

    mesmo com olhos de neblina

    Bj

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  2. Um nevoeiro que ainda lhe permitiu tirar uma foto muito bonita. : )

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    1. Obrigada, Catarina:)
      Uma manhã de nevoeiro tem a sua beleza:)

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  3. Melhor casamento entre a imagem e o texto não será fácil !

    Um beijo.

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  4. Eu não me canso de olhar essa baía, todos os dias diferente.

    Bjs

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    1. Então mora por aí? É uma sortuda!
      É realmente um local com uma grande beleza. Vou aí de vez em quando:)

      Beijinhos:)

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  5. Lindas manhãs de nevoeiro... Um beijo

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    1. Que a Maria João tem sempre por perto!

      Um beijinho grande:)

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  6. Uma foto bela, apesar do nevoeiro ou também por causa dele.
    Este Verão não tive oportunidade de ver o mar... é como se não tivesse tido férias.
    Bjs

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    1. Tens razão! Eu também penso assim. Uns dias de férias perto do mar dão-me ânimo!

      Beijinhos e bom recomeço (se já acabaste as férias) :)

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    2. Tenho essa sorte. Ainda hoje lá fui....beijinhos e bom fim de semana!

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    3. Ah, ia-me esquecendo, gostei muito das bonecas!!!!!!

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    4. Quem me dera ter ido com a Maria João...mas estou cá longe...

      As minhas bonequinhas foram oferecidas. Três delas ofereceu-mas uma cunhada (em alturas diferentes) e a 4ª foi uma amiga, e foi feita por ela.

      Um beijinho grande e quando for ver o mar veja lá um bocadinho por mim :)

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  7. Em tamanho grande, é uma excelente foto.
    E foi sábia a escolha palavras.
    Isabel, tenha um bom resto de semana.
    Beijinhos.

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    1. Muito obrigada, Jaime:)

      Desejo-lhe um bom fim-de-semana, que já espreita:)

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  8. Ouvi o vento e a música
    Procurando um porto na madrugada
    Ouvi a chegada de um navio
    Julguei sentir uma voz amada

    Meu Armando, meu amor...
    Uma criança jogando lama ao meio dia
    Embrenhada e perdida na alma
    Com rimas colorindo pálpebras de nostalgia

    Doce beijo

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    1. Boa noite, Profeta, já fui espreitar o seu blogue e li todo o bonito poema.

      Obrigada pela visita.
      Desejo-lhe um bom fim-de-semana:)

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  9. Desejo que o combóio do teu corpo te leve sempre por paragens cheias de beleza, que é o que tu mereces. Bjoka

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    1. És uma querida, Maria :)
      Obrigada:)

      Um beijinho e que tenhas um bom domingo e uma boa semana:)

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  10. Por acaso, ando a ler o "Livro do Desassossego" de Fernando Pessoa. E há poucos dias li esta mesma passagem. À noite, na cama. Dir-me-á: «Mas o "Livro do Desassossego" não é livro para se ler na cama; exige muita reflexão». Tem razão, mas só leio um bocadinho de cada vez e depois fico a pensar no que li. Como o livro é muito grande, já ando a lê-lo há meses! Pessoalmente, gosto muito mais das reflexões do heterónimo Bernardo Soares do que das do heterónimo Vicente Guedes. Este último é muito repetitivo e mais superficial.

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    1. Nunca peguei no "Livro do Desassossego" com a ideia de o levar para ler. Às vezes pego-lhe e folheio-o, mas volto a arrumá-lo. E uma, das duas edições que tenho, já a tenho há bastante tempo.

      Esta passagem que aqui coloquei tirei-a do livro que assinalei no post.
      Resumindo: conheço pouco o "Livro do desassossego", mas pelo que me parece, é um livro para ler exactamente como o Fernando o faz: um bocadinho de cada vez e porque não à noite e reflectir sobre o que se leu, enquanto o sono não chega? Acho que desde que se tenha um bocadinho de tempo, qualquer hora é boa! Parece-me...

      Vou ser sincera: não conhecia o heterónimo Vicente Guedes. Ou então não me lembrava, porque já o devo ter lido pelo menos no Índice do "Livro do Desassossego", mas não devo tê-lo associado aos (tantos) heterónimos do Fernando Pessoa.

      Alonguei-me, mas agradeço-lhe o seu comentário, que já me ensinou algo e me fará ir pesquisar um pouco mais.

      E desta vez vou deixar "O Livro do Desassossego" à mão, para começar a ler, assim com calma, passagem por passagem :)

      Boa noite:)

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    2. A edição do "Livro do Desassossego" que eu ando a ler é da editora Relógio d'Água e é da responsabilidade de Teresa Sobral Cunha, uma das pessoas que têm feito a recolha do material escrito por Fernando Pessoa para o referido livro.

      Fernando Pessoa começou por escrever uma série de textos para o "Livro do Desassossego", sob o heterónimo Vicente Guedes, mais ou menos entre 1910 e 1920. Não deve ter gostado muito do que escreveu, porque deixou os textos dispersos em suportes diversos, sem os compilar e sem lhes dar um mínimo de ordem. Abandonou-os, portanto. A investigadora Teresa Sobral Cunha recolheu todo este material e procurou ordená-lo segundo um mínimo de lógica. Foi assim que nasceu a 1ª parte do livro, a do heterónimo Vicente Guedes.

      Em finais dos anos 20 e princípios dos anos 30 (ele morreu em 1934 com 47 anos), Fernando Pessoa voltou à carga e escreveu novos textos, mais profundos, mais ordenados e mais legíveis do que os outros, sob o heterónimo Bernardo Soares.

      Se entretanto não tivesse falecido, o próprio Fernando Pessoa parecia estar disposto a publicar em vida um "Livro do Desassossego" só com a parte de Bernardo Soares. Seguindo esta linha, há editoras que têm publicado apenas esta 2ª parte, sob o título "Livro do Desassossego de Bernardo Soares" ou semelhante. Julgo que a Relógio d'Água é a única editora que publica as duas partes, reunidas num "tijolo" com mais de 600 páginas. É este "tijolo" que tenho estado a ler.

      Como eu já disse, a 1ª parte é muito repetitiva e relativamente superficial. Se a Isabel não tiver pachorra para ler esta parte, leia apenas a de Bernardo Soares, que é a que interessa verdadeiramente.

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    3. A edição que tenho, é da Assírio e Alvim e a outra, mais antiga e que saiu com a Visão, é igual a esta, ( estive a ver ). Entretanto estive a pesquisar sobre essa edição (com capa preta e branca...) e está esgotada. Vou ver se consigo arranjá-la, nomeadamente na Lumière.

      Por enquanto, vou começar a ler, assim aos pouquinhos (sem deixar de ler o livro que trago em mãos) a edição que tenho.

      Muito obrigada e tenha uma boa tarde :)

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  11. Adoro este livro! Absolutamente surpreendente, intenso e desconcertante... tenho-o sempre de baixo de olho... e a forma que mais gosto de lê-lo... folheá-lo ao acaso...
    A imagem está linda... mesmo com o nevoeiro... Adorei!
    Bjs! Faz tempo, que não passo por Cascais... Também gosto imenso!
    Ana

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    1. Olá Ana
      as férias já terminaram?...é sempre um bocadinho difícil voltar ao ritmo...

      Então também está a ler "O Livro do Desassossego"?

      Gosto de Cascais, que só conheço há poucos anos, mas vou lá de quando em quando:)

      Beijinhos, Ana e bom regresso:)

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